O caso da vida real de Jolly Joseph, uma senhora suspeita de planejar o envenenamento por cianeto de seis membros da família ao longo de mais de dez anos, incluindo seu filho de dois anos.
Para aqueles já familiarizados com o podcast “Death, Lies & Cyanide” de 2020 da Asiaville no Spotify, ou para quem tem raízes no Kerala (ou que tenha vivido lá nos últimos anos), a narrativa dos eventos retratados neste caso não é novidade. O que realmente chama a atenção é o fato de os crimes terríveis terem sido supostamente cometidos por uma mulher. Enquanto o podcast em questão carrega um tom de horror sutil, enriquecido por uma trilha sonora marcante e narração envolvente, o documentário de Christo Tomy na Netflix se apresenta mais como um thriller cheio de mistérios.
O documentário se destaca pelas reconstituições cuidadosas e pelas entrevistas que aprofundam a visão sobre o caso a partir da perspectiva da família, trazendo à tona principalmente as emoções envolvidas. A montagem do documentário lembra técnicas vistas em outras produções recentes da Netflix do mesmo gênero, com uso de cortes rápidos, diagramas de árvores familiares e uma estrutura narrativa não sequencial. Embora fosse intrigante ouvir o depoimento de Jolly, a acusada, as limitações práticas decorrentes do processo judicial ainda em andamento — que promete se estender por anos — explicam a direção tomada pela Netflix em sua abordagem.