Depois de sobreviver a um terrível acidente, a paramédica Cassandra Webb começa a desenvolver habilidades de clarividência. Forçada a enfrentar revelações sobre seu passado, ela estabelece um relacionamento com três jovens destinadas a futuros poderosos… se todas conseguirem sobreviver a um presente mortal.
Ao assistir “Madame Teia”, minha expectativa já era moderada devido às impressões iniciais deixadas pela campanha publicitária. Contudo, a realidade se mostrou ainda mais desanimadora, resultando em uma das experiências mais insatisfatórias que já tive com filmes de super-heróis. A obra peca em diversos aspectos fundamentais, desde a direção até a execução, passando por um roteiro desorganizado e atuações abaixo do esperado.
A escrita do filme se destaca negativamente, com uma trama repleta de ideias confusas e execução insípida, levando a diálogos sem vida e personagens que falham em capturar o interesse do espectador. Os efeitos visuais, longe de salvarem a produção, apresentam-se ainda mais precários do que o sugerido pelo marketing, acompanhados por performances que não conseguem se destacar.
Dakota Johnson, reconhecida por seu talento, encontra-se em uma posição particularmente desfavorável, confinada a um papel que não faz jus à sua capacidade artística. Esse sentimento de desperdício de talento é extensível ao restante do elenco, que também poderia oferecer muito mais em circunstâncias diferentes.
O filme ainda sofre com uma inserção exagerada de produtos e cenas de ação que não engajam, contribuindo para o tédio geral. Contrariando a expectativa de dinamismo e empolgação típicos do gênero de super-heróis, “Madame Teia” se arrasta de maneira exaustiva, desperdiçando a oportunidade de explorar a força das protagonistas femininas no gênero, um elemento já bem-sucedido em outros títulos como “Mulher-Maravilha” e “The Old Guard”.
Em vista do exposto, “Madame Teia” se revela um projeto malogrado, incapaz de aproveitar o potencial do seu elenco ou oferecer uma narrativa coerente e envolvente. Representa um retrocesso para filmes de super-heróis, especialmente no que tange à representatividade e empoderamento feminino.
No fim das contas, “Madame Teia” é um título que falha em todos os níveis, deixando uma marca negativa no cenário dos filmes de super-heróis. Uma verdadeira decepção, que deixa pouca esperança para futuras produções que buscam elevar o padrão de qualidade e representatividade no gênero.